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BIBLIOGRAFIA DE KUNDI PAIHAMA


Kundi Paihama (9 de dezembro de 1944 - 24 de julho de 2020) foi um político angolano que serviu como Ministro da Defesa de Angola de 1999 a 2010. [1] Ele serviu posteriormente como Ministro dos Veteranos de Guerra. Filho de um pai da etnia Kuanhama e de uma mãe da etnia Nyaneka Humbe.
Kundi Paihama frequentou os estudos primário na cidade do Lubango e anos depois frequentou os cursos gerais nos Liceus da Província da Huila.

Graus Militares 
1986............ Coronel
1991............Major General 
1992............General 

IDIOMAS & DIALETOS
Kundi Paihama falava 4 línguas e dialetos
Português
Ingles
Russo
Francês
DIALETOS
Nhaneka
Nganguela
Kuanhama
Umbundu

CARGOS E FUNÇÕES DESEMPENHADAS
Membro do Parlamento
Em exercício
2018-2020
Comissário Provincial do Cunene
No cargo
1976-1979
Precedido por
Posição estabelecida
Sucedido por
Capitão Ary da Costa
Ministro da Segurança do Estado
No cargo
1980–1981
Precedido por
Lourenço Ferreira Diandengue
Sucedido por
JM Paulo Dino Matross
Comissário Provincial de Benguela
No cargo
1981–1986
Precedido por
JM Paulo Dino Matross
Sucedido por
João Lourenço
Ministro de Estado da Inspeção e Controle do Estado
Em funções
1986-1991
Precedido por
n / D
Sucedido por
n / D
Governador de Luanda
Em funções
1991-1993
Precedido por
Luís Gonzaga Wawuty
Sucedido por
Rui Óscar de Carvalho
Governador de Huila
Em exercício
1995-1999
Precedido por
Dumilde Rangel
Sucedido por
Ramos da Cruz
Ministro da Defesa
Em exercício
2002–2010
Precedido por
General Pedro Sebastião
Sucedido por
Cândido Van-Dúnem
Ministro dos combatentes anticoloniais e veteranos de guerra
Em exercício
2012-2014
Precedido por
Pedro J. Van-Dúnem
Sucedido por
Cândido Van-Dúnem
Governador do Huambo
Em exercício
2014-2016
Precedido por
João B. Kussumua
Sucedido por
António Didalelwa
Governador do Cunene
Em exercício
2016-2018
Precedido por
António Didalelwa
Sucedido por
Vigílio Tyova
Detalhes pessoais
Nascermos

A MANSÃO DE US $10 MILHÕES DE KUNDY PAIHAMA

Em Janeiro de 2003, o general Kundi Paihama, então ministro da Defesa, manifestou-se profundamente ofendido com a inclusão do seu nome numa lista de angolanos, publicada pelo Semanário Angolense, que, àquela altura, seriam detentores de pelo menos US $50 milhões.

Para “lavar” a honra supostamente conspurcada, o general Kundi Paihama intentou, na altura, uma acção judicial contra o semanário, a quem exigia uma indemnização de US $1 milhão, por “danos morais e materiais”.

No entanto, de 2003 à 2012 muita coisa mudou. E radicalmente, o general Kundi Paihama não apenas assumiu a sua condição de multimilionário como deixou de se importar com quem o julgue como tal. E, nalguns casos, permite mesmo que os seus subordinados lhe gabem publicamente os fabulosos recursos financeiros que possui. Por exemplo, O seu advogado, Rui Machado, concedeu uma entrevista à revista portuguesa Lux, em que revelava que o general teria perdido mais de US $100 milhões nos últimos anos. Segundo o advogado, o sócio português António Ferreira supostamente deu o golpe ao general, desviando os fundos da empresa de jogos de azar Casino de Angola, detida maioritariamente por Kundi Paihama.

Aquando ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra,  a ergueu um casa, na cidade do Lubango, Huíla. A residência está avaliada em US $10 milhões e foi inaugurada a 9 de Dezembro de 2011, com pompa e circunstância e corte de fita, pelo secretário-geral do MPLA, general Dino Matross, por ocasião dos festejos do 56.º aniversário do partido no poder.

Situada no centro da cidade do Lubango, a nova habitação do general foi erguida em terreno que pertencia à direcção regional do Banco Nacional de Angola (BNA), cujas instalações se encontram defronte à referida residência. Fontes locais revelaram a existência de várias petições da direcção regional dirigidas à sede do BNA, em Luanda, visando impedir a ocupação arbitrária do seu terreno. Porém, segundo funcionários locais, a administração do BNA nunca respondeu às diligências dos seus representantes na Huíla.

A residência, que demorou 36 meses a ser construída, tem dez suítes e um total de 36 divisões, distribuídas por dois pisos e uma cave. O luxo do seu interior é patente no custo da cozinha, importada de Espanha, que custou US $300 mil. Foram precisos cerca de vinte contentores, importados também da África do Sul e de Portugal, para rechear a propriedade.

A empresa de construção Omatapalo, na qual o general detém 25 por cento das acções, encarregou-se das obras.

Investido de impunidade e de uma arrogância lendária, o general exigiu ser vizinho do palácio do governo provincial. Assim o fez, ocupando o terreno do banco.

Também os poderes do general foram usados para a construção do Hotel Serra da Chela, no Lubango, propriedade sua, para albergar as equipas que participaram no Campeonato Africano das Nações, realizado em Angola em 2010. Na calada da noite, os moradores locais sofriam intimidações regulares. Um antigo residente, Francisco Nogueira, concedeu, na altura, uma entrevista à Rádio 2000 em que denunciava o envolvimento da Polícia Militar e de agentes da Polícia Nacional nos actos de intimidação contra os moradores. Estes exigiam-lhes o abandono imediato das residências, de modo a poderem expandir a área de construção do hotel. A direcção da rádio foi obrigada a interromper a emissão da entrevista. À frente do projecto estiveram os sobrinhos de Kundi Paihama, os irmãos Silvestre e Rui Tulumba Kaposse, que localmente gerem as suas empresas e propriedades.

Enquanto os veteranos de guerra e antigos combatentes se manifestam em Luanda por falta de pagamentos das suas pensões, o ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria mantém a sua rotina de passar fins-de-semana prolongados entre a sua residência no Lubango e a sua fazenda no Quipungo, ambas na província da Huíla.

A mansão no Lubango tornou-se no lugar de peregrinação para a elite local e proveniente de Luanda, incluindo entidades eclesiásticas. 

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