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Ensino Público Angolano ainda é Salazarista Por Tiago Soares


Ensino público, além do primário, só havia nas sedes dos Municipios, Liceus Nacionais. Nos concelhos mais ricos havia colégios particulares, pagos por quem podia, geralmente da diocese ou de sócios locais. Salazar deixou o Angola com o analfabetismo a rondar os 90%.
A filosofia da ditadura era ensinar a ler, escrever e contar, sendo o posto escolar a escola pequenina onde outra de maiores dimensões era atentatória da humildade da população.
As únicas Universidades eram em Portugal as de, Lisboa e Porto, além da de Coimbra.

Uma professora podia tornar-se efetiva sem concurso se oferecesse o edifício ao Estado, o que aconteceu com gente abastada para ter a filha na localidade onde havia alunos e não havia escola. Os professores tinham sempre vaga porque eram poucos e tinham preferência nas escolas masculinas, quase metade, pois a coeducação era combatida e só havia escolas mistas, onde os homens não podiam lecionar, em meios pequenos.

Podia referir também o pedido de autorização das professoras para casarem, com quem tivesse rendimentos superiores aos seus e exibisse um atestado de bom comportamento moral e cívico passado pelo padre da paróquia de nascimento.
Docente com 4 anos de escolaridade mínima e aprovação em exame para Regente Escolar. Um professor agregado ganhava bem por mês, sem ganhar nas férias, e uma regente agregava durante os meses de trabalho. Assistência médica não existia.

Tiago Soares.

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